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Rota da Seda e 4 Stãos: Uzbequistão, Tajiquistão, Cazaquistão e Quirguistão

  • Foto do escritor: Marina e Betina
    Marina e Betina
  • 7 de jul.
  • 11 min de leitura

Após a primeira parte da viagem pelo Cáucaso, partimos de Tbilisi na Geórgia e chegamos a Tashkent pela Air Centrum, empresa áerea Uzbeque de ótima qualidade.

Ao todo são 7 Stãos, mas apenas 5 deles fizeram parte da URSS e hoje são chamados de CIS. Destes 5 Stãos, quatro são fáceis de visitar e nem precisam de vistos para brasileiros, entretanto o Turcomenistão, um dos países mais fechados do mundo, similar a Coréia do Norte, apesar de estar se abrindo e facilintando o turismo no país, ainda estava muito caro viabilizar o visto que deveria estar associado a um tour. Então desistimos do Turcomenistão e focamos nos outros quatro:





Uzbequistão

Chegamos por Tashkent a capital, que acreditamos que pode ser dispensada do roteiro, mas já que viemos até aqui, o diferencial foi o bate-volta ao Turquistão, que acabou sendo um dos highlights da viagem. A rota da seda principal do Uzbequistão é Samarcanda, Khiva e Bukara, e o que mais impacta são os interiores dos prédios, essencialmente os mausoléus. Samarcanda com prédios super imponentes, principalmente o Registan e Shah-i-Zinda e o charme da cidade murada de Khiva.




Tashkent

Fizemos meio-dia de passeio por Tashkent, em um dia muito quente, fomos ao mercado central provamos o Plov e algumas outras comidinhas e continuamos a exploração da cidade, que achamos que devido ao calor estava pouco interessante.



Bate-volta ao Turquistão no Cazaquistão

Pousamos em Tashkent as 13h, e logo nos deslocamos à estação central, que era muito próxima. Tanto o aeroporto quanto à estação eram muito centrais. Guardamos nossas bagagens nos serviço de bagagem da estação e ficamos com apenas uma mochila para o nosso bate-volta. Pegaríamos o trem noturno para ir, passariamos o dia por lá e pegariamos o trem noturno seguinte para voltar. Duas noites sem hotel e sem banho, pernoites no trem. Parecia ser algo bem normal se não fosse o perrengue top da viagem, a viagem de trem, descrita na sessão de perrengues.

A cidade do Turquistão não tem nada em especial e somente o sítio religioso importante da Ásia Central. E o negócio por lá era bem estruturado, toda uma área construida para explorar o turismo. O Mausoleu em si, alem da sua imponente cúpula turquesa e linda fachada, não possuia um interior destacado e os museus ao redor pouco interessantes, o que realmente nos marcou foram as diversas experiências que tivemos, começando claro, com o maior dos perrengues em sua chegada.



A cidade estava muito quente, àquele sol escaldante de deserto e logo que chegamos ao mausoléu experimentamos as fotos com vestimentas típicas maravilhosas, á aguia e diversos cenários, incluindo uma linda iurta, mas o mais interessante de tudo o valor pago, 10 dólares por todas estas lindas fotos. A Betina estava bem resistente, afinal vestir àquelas roupas naquele calor seria complexo, mas a suadeira valeu muito a pena. Depois disso vieram os incríveis camelos, 2 dólares cada para uma rapida volta e fotos, que alegria.



Depois circulamos pela parte moderna, chamada Caravanserai, parece ser tudo novo, construido para alavancar o turismo, com um grande centro comercial. Almoçamos em um restaurante por ali, também grandioso e gostoso e depois ainda nos divertimos em um pequeno parque de diversões com VR e arvorismo. A Betina estava em extase. Fechando o dia e voltando para estação para uma viagem de volta muito mais confortável, com ventilação que descançamos bem.

Em Tashkent, já conectamos com o trem de alta velocidade (Afrosyob) para Samarcanda e chegamos cedo ao nosso hostel onde pudemos fazer o dia de lavanderia, roupas que secaram todas em uma hora, naquele calor seco.


Samarcanda - 2 noites

Tivemos praticamente dois dias em Samarcanda, mas um dia é suficiente. A cidade tem duas atrações incríveis e imperdíveis o Registan e o Shah-i-Zinda e tudo pode ser feito a pé. As outras atrações relevantes também precisam ser visitadas e importante se programar para a projeção noturna no Registan, às 21h, muito bacana.


Samarcanda é simplesmente espetacular pelo interior dos seus mausouléus, mas nos marcou também pela linda projeção do Registan e claro a lua cheia!


Khiva - 1 noite

Pegamos o trem da madrugada e após 9 horas chegamos em Khiva, fronteira com o Turcomenistão as 11h. Pegamos uma pousada bem central na parte velha, e partimos para explorar a cidade murada seus mausoléus e minaretes. Ficamos maravilhados com a beleza e atrações da cidade. Acho que o calor atrapalha um pouco a vivacidade dela durante o dia, nas horas mais quentes a cidade fica bem deserta, alguns turistas circulando, a vida volta quando o sol começa a baixar. E o verão definitivamente não é a alta estação por aqui, que é no outono. Almoçamos no espetacular Restaurante Terraça, mas não pudemos aproveitar o seu rooftop, pois preferimos o ar-condicionado. Ainda assim, a vista la de cima é incrivel, e a comida bem gosotosa.


Exploramos as atrações em um dia, suficiente. Conseguimos também comprar àquelas calças de algodão do Uzbequistão, que é a principal cultura do país, lindas. Testemunhamos o por do sol das muralhas e pudemos curtir as ruas da cidade iluminadas a noite, precioso. O jantar foi em mais um rooftop, novinho e super bem decorado e ainda presenciamos a lua cheia nascendo por trás das muralhas. O por do sol vacilamos, o espetáculo teria sido ainda mais interessante pela watchtower. Ficamos maravilhados com Khiva!




Bukara - 2 noites

Pegamos o trem das 15h de Khiva para Bukara e chegamos por volta das 21h. Ficamos em uma típica guesthouse próxima a cidade velha, que nos encantou.


A cidade oferece essas pousadas que foram casas de judeus merchants e hoje as famílias admistram. Era um palácio. No dia seguinte passamos o dia quente explorando as atrações de Bucara, aproveitamos a golden hour no Registan, o por do sol do Ark e aproveitamos a cidade iluminada e mais vivida a noite.



Tajiquistão


Seven lakes, Fann Mountains

Pegamos o trem rápido Afrosyob das 5h de Bukara a Samarkand e em 2h já estavamos no yandex rumo a fronteira do Uzbequistão com o Tajiquistão, 1h e 15min até a fronteira. As 10h cruzamos a fronteira a pé sem muito problema e do outro lado o nosso transporte já nos esperava para nos levar a nossa pousada, no quarto dos sete lagos das Fann Mountains. Na passagem por Panjakent a cidade da região visitamos o bazar para sacar dinheiro. O transporte foi todo coordenado pelo Muslim que admnistra a pousada da sua família. Apesar de caro os transportes (em dólar) é interessante poder fazer este tour todo como base no turismo comunitário, foi tudo organizado pelo Muslim, um jovem muito simpático, atencioso e diferenciado, que falava um bom inglês e fez nos sentir muito bem. A pousada Jumaboy ficava na vila bem verde num local muito aprazivel a beira do rio.


Muslim nos organizou um transporte para o setimo lago e de lá descemos caminhando de volta ao quarto lago, passando pelas vilas e interagindo muito com os locais e as crianças, que experiência incrível, pena que as crianças estavam no auge do mau-humor da viagem e perderam esta experiencia para ficar dormindo.

A tarde nosso transporte nos delvou para a capital Dushambe. Foram duas horas para descer as montanhas e mais três horas de estrada por vales montanhosos espetaculares até chegar a capital Dushambe. Pegamos um acidente no caminho que nos esgurou por 1h e meia e presenciamos a falta de educação universal daqueles sem paciência que tentam cortar o congestionamento de qualquer maneira.


Dushambe

Chegamos a noite em Dushambe e pouco pudemos ver da cidade a noite, uma avenida próxima ao hotel com prédios altos e alguns restaurantes. No dia seguinte exploramos a cidade debaixo de mais um sol escaldante, antes de pegar o nosso vôo da Air Astana, para Almaty para a terceira e última etapa da viagem.



Cazaquistão

Chegamos em Almaty bem tarde. Almaty foi a capital do Cazaquistão até 1991 e é a maior cidade do país e a maior da Ásia Central, e com isso vem aquele trânsito caótico e congestionamento. Esta parte da viagem alugamos o nosso 4x4 que seria extremamente necessário para explorar o Quirguistão.


Almaty - 2 noites

Tivemos um dia completo para explorar Almaty. O Parna Ile-Atau não valeu a pena, não conseguimos chegar de carro ao lindo Big Almaty lake. A visita ao museu nacional foi super interessante gostamos de saber as diversas etnias que compõe a região da Ásia Central e a história atribulada de relação com a Rússia e a URSS. Uma linda catedral e pouco apreciamos em nossa caminhada quente pela cidade.


Kolsay Lakes e Charyn Canion

No dia seguinte tivemos problemas com o carro alugado e perdemos todo o dia para resolver, chegamos a noite bem tarde a vila de Saty onde pernoitamos para explorar então no dia seguinte o lago Kolsay (apenas o primeiro, pois o segundo apenas era acessível por trilha longa) e o diferenciado lago Kaindy, acessivel por um 4x4 bem hardcore que tivemos que cruzar três rios. 

A tarde tivemos que visitar o Charyn Canion com muita correia, um pois uma nuvem ameaçava um boa chuva vindo (e nos pegou nos finalmente) e tinhamos que conseguir cruzar a fronteira antes de fechar. Queriamos ter podido aproveitar aquele canion espetacular e caminhar por dentro do vale e ter conseguido tirar as crianças do carro para esta experiência.


Por fim pegamos uma boa chuva, felizmente nos últimos metros da caminhada, e não conseguimos cruzar a fronteira, a informação do horário no google maps estava errada e quando chegamos lá as 17:20 já estava fechada, mais uma vez tivemos que adiar alguns planos, mas foi melhor assim, para entrarmos no Quirguitão com a luz do dia.


Quirguistão


Karakol

Despertamos cedo em nosso hotel improvisado proóximo a fronteira, ao fim foi uma noite bem dormida. A fila da fronteira as 7:30 estava razoavelmente comprida e nos tomou pouco mais de 1h e meia para passar a fronteira. Do outro lado a paisagem logo mudou para as montanhas, pastagens e lindos pinheiros típicos da região de Karakol que atrat muito turismo dos trilheiros, maioria europeu, claro. Logo nos primeiros 20km havia um sitio historico que paramos para fotos mas fomos entender depois com a visita ao museu em Bishkek. E começamos o #offroad de cara, para acessar o vale de Jergalan, que não nos pareceu nada atrativo por conta das primeiras obras que já vimos no pais e ficariam comum por toda a rota. Áquele vale bucólico er um trânsito de caminhões e poeira para todos os lados. Seguimos para Aktyn Arasham um vale que parece ser um dos mais bonitos e que possui aguas termais, mas a estrada estava bloqueada e não conseguimos passar. Ali parece ser o paraíso dos hikers, cruzamos com vários e demos carona a um suiço que nos deu alguns detalhes, são trilhas bem longas. Retornamos a cidade e visitamos a linda catedral de madeira de Karakol antes de subir para o vale que pernoitariamos e seria um divisor de águas no humor das crianças.

Um chalé muito gostoso, Marina se aventurou no mergulho da #aguagelada, nós subimos o morro da frente para apreciar o lindo visual de cima, flores do campo e cogumelos na floresta. O por do sol assistimos de uma linda vila de montanha que tinha um estratégico belvedere para o vale de Karakol. A noite foi uma farra no chalé e cozinhamos miojo para toda a família para o jantar.


Jeti-Orguz, Issik-kul, Cholpon-Ata

Belissima região com formações rochosas avermelhadas, dali partios para explorar as praias do lago Issik-kul que pela combinação de atividades termais, profundidade e leve salinidade nunca congela, nem nos invernos mais rigorosos da região e no verão tem uma temperatura agradável, diferente de outros lagos alpinos que grealmente tem a água bem gelada. Foi muito bom aproveitar estas praias e dar uma quebrada no ritmo de calor desta viagem. A noite paramos na badalada Cholpon-Ata para conhecer a vibe do verão, a cidade atrai também os Cazaques e até o presidente da Mongólia esteve por lá.


Song-kol

A mais top das experiências do Quirguistão. Só a estrada para chegar até lá já garantiu altos visuais. As pastagens altas, típicas do pais compõem o cenário. Chegamos ao nosso acampamento familiar espetacular, esta noite dormiríamos em uma linda iurta. Logo na chegada fomos fazer a nossa cavalgada na golden hour com direito a arco-íris. Um por-do sol espetacular, um jogo de volei ao entardecer e uma jantar com linda vista. No dia seguinte mais experiências, um lindo nascer do sol e nos divertir-se com a comunidade no entorno que se preparava para seu festival, todos vestidos à caráter. Ainda visitamos um jardim de infância.



Tash-Rabat

De Song-Kol fizemos uma aventura pelas altas estradas rumo a China que percorremos para chegar a Tash-Rabat e seu Caravanserai, uma linda paisagem ainda com direito a mais uma cavalgada.



Bishkek

Partimos de NAryn onde dormimos apoós Tash-Tabat e seguimos para nossa última parada a capital do Quirguistão com um breve passeio pela cidade e visita a museu.



RESUMÃO


Melhores Experiências


Song-Kul, Quirguistão

Pernoite em uma iurta no lago, administrada por uma família local, com cavalgada e experiências nômades super bacanas


Turquistão, no Cazaquistão

Vestir-se e experimentar completamente a cultura cazaque com camelo, águia, em um importante sítio UNESCO da região


Seven lakes, Fann Mountains, Tajiquistão

A experiência de turismo comunitário na montanha e descer a trilha do sétimo lago ao quarto apreciando a paisagem, interagindo com os locais e crianças pelas vilas que passamos


Khiva e Samarcanda no Uzbequistão

A beleza e charme da cidade murada de Khiva, com seus restaurantes rooftop e o nascer da lua cheia atrás das muralhas e a impressionante beleza do interior do Registan e XXX



Hotéis

Nosso chalé em Karakol (ToodoResort) somado ao host falar um ótimo inglês e nos dar várias dicas

A nossa iurta em Song-kul. Yurt Camp Ali-Nur

Hotéis maravilhosos em Dushambe e Bishkek (Bishkek Centrum Hotel). Almaty também, mas muito longe do centro. As pousadas com história em Bukara (Shafran B&B - Bukara) e Khiva.

Jumaboy Guesthouse - 7 lakes Tajiquistão




Restaurantes


Demos sorte com todos os restaurantes, todos muito bons, alguns destaques:

Terraços de Khiva (Arxi e Terraça)

À beira do lago em Bukara

Lesnoy em Bishkek e suas sobremesas autorais

NAVAT em Almaty, fechamos com chave de ouro num resumão das comidas da região




Comidas

Manti

Somsa

Non

Plov

Carne de cavalo e muito cordeiro

Mushroom soup

Pide

Limonadas e compotas

As sobremesas em Bishkek



Perrengues e particularidades

A jarca, vaor infernal, no trem de ida para o Turquistão

Obras infindáveis no Quirguitsão, bloqueando rotas e gerando muita poeira, além de tirar todo o contexto das paisagens no lago Issyk-kul e Jergalan

Problemas no carro e volta para Almaty, perdemos um dia de viagem

Fronteira fechada do Cazaquistão para o Quirguistão, pernoite na fronteira

Estava muito quente em no Uzbequistão, Turquistão, Dushambe, Bishkek e Almaty

Aeroporto de Dushambe foi o menos eficiente


Transporte

O Yandex funciona pelo Cáucaso e também Ásia Central. O Google maps tem algumas furadas de informação e rota, nos sugerimos o maps.me e o navegador do Yandex, que inclusive trazia informação de radares, usamos estes na última etapa do Cazaquistão e Quirguistão.


Na útima etapa, que essencialmente foi o Quirguistão, alugamos uma Hilux na RentaCars em Almaty. Tem que ser 4x4 nesta parte da viagem, mas vimos um casal francês se aventurando em um Niva da Lada e achams bacana. Nosso carro teve problemos no começo da rota que nos fez voltar a Almaty, problemas resolvido continuamos a rota com um dia perdido. O problema voltou e ao fim tocamos a viagem toda com o problema acontecendo, enfim conseguimos fechar o roteiro com um stress adcional ai negociamos 30% de desconto no final e resolvido. Mas #ficadica é melhor garantir um SUV, que era o que resevamos, mas levamos uma Hilux. O probema é que as bagagens molham nas chuvas, por sorte, somente pegamos duas chuvas na estrada. Na parada em Karakol tivemos que pendurar todas as roupas das malas para secar. E ficaram imundas de poeira, muito imundas.


Uzbequistão e Turquistão de trem. Tudo muito fácil de comprar pelo site oficial da empresa, que também possui aplicativo. Apenas não permitia alterações nos tickets, era preciso cancelar e em cada cancelamento ficava retido 15.000uzbs. De resto tudo bem fácil. O único porém, aconteceu em nosso primeiro trem, overnight para o Turquistão, estava sem ar-condicionado e tivemos o azar de pegar uma janela que não abria, estava demasiado quente, ai tivemos nosso primeiro contato com a unica palavra em russo que aprendemos, jarca, calor! Os demais trens tinham ar-condicionado ainda que parassem de funcionar nas paradas. Forneciam roupa de cama limpa e água mineral.


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